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Ataque contra a Al-Qaeda mata 53 pessoas no Iêmen durante operação

[SAIBAMAIS]Aden - Cinquenta e três pessoas, incluindo 25 combatentes da Al-Qaeda, oito militares e 12 civis, morreram nesta terça-feira (15/5) no quarto dia da ofensiva do Exército iemenita contra a rede extremista no sul do país, segundo um balanço atualizado divulgado por fontes locais, militares e tribais. A ofensiva, considerada a mais importante realizada até o momento, incluiu incursões aéreas e combates terrestres em Jaar e Loder, duas localidades da província de Abyan.

Em Jaar, 12 km ao norte de Zinjibar, capital de Abyan, 11 combatentes da Al-Qaeda morreram em um terceiro ataque aéreo, o que eleva a 13 o número de baixas da rede terrorista nesta cidade. Um ataque aéreo anterior provocou, por engano, a morte na mesma localidade de 12 civis que haviam se reunido ao redor de uma casa atingida pouco antes por um míssil.

Durante a operação, o Exército iemenita lançou panfletos para recomendar aos civis que evitem seguir para os locais onde se encontra os combatentes da Al-Qaeda. Em Loder, onde os auxiliares dos comitês populares de defesa participam dos violentos combates contra a Al-Qaeda, 12 combatentes da rede terrorista morreram nos confrontos.

Oito auxiliares do Exército também morreram em combates na mesma cidade, que fica 100 km ao nordeste de Zinjibar, segundo um porta-voz dos comitês, Ali Ahmed. Também na região de Loder, o Exército perdeu oito soldados. Fontes tribais afirmaram que os combates no sul do Iêmen mataram 37 insurgentes no fim de semana passado, mas o número não foi confirmado por fontes médicas.

A operação tem como meta recuperar o controle da cidade de Zinjibar, capital da província de Abyan, sob controle da Al-Qaeda há quase um ano, assim como Jaar e os arredores de Loder. Fontes militares afirmam que o Exército iemenita ganhou terreno no avanço para Zinjibar. A Al-Qaeda aproveitou a fragilidade do poder central em Sanaa para reforçar sua presença no sul e leste do país.

O governo dos Estados Unidos assessora e fornece material aos iemenitas para enfrentar a Al-Qaeda e realiza incursões com aviões não tripulados (drones). Mas o poder central, além da Al-Qaeda, enfrenta um movimento separatista no sul e uma rebelião xiita no norte do país.