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Físico é condenado na França a cinco anos de prisão por terrorismo

Paris - O tribunal de Paris condenou nesta sexta-feira (4/5) o físico franco-argelino Adl;ne Hicheur, de 35 anos, a cinco anos de prisão por terrorismo, um deles com remissão condicional da pena.

Hicheur, doutor em física de partículas, trabalhava no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), em Genebra, até que foi detido em outubro de 2009, após enviar e-mails que sugeriam possíveis atentados.

O processo e a sentença do cientista são de particular importância após os atentados cometidos recentemente por um autoproclamado jihadista no sudoeste da França.

Hicheur foi preso no dia 8 de outubro de 2009 em Vienne (centro-oeste da França) na casa de seus pais e indiciado por "associação criminosa em relação com uma entidade terrorista".

Em sua casa de Ornex, região do Ain (leste), os investigadores descobriram muita documentação relacionada à Al-Qaeda e à Jihad islâmica.

As suspeitas surgiram quando a contra-espionagem francesa vigiou várias contas de e-mails após o envio ao site da presidência francesa em 2008 de uma mensagem que reproduzia um comunidado da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI).

Os policiais seguiram o caso e descobriram que os e-mails eram trocados entre o físico processado e Mustafá Debchi, considerado pela acusação como responsável pela AQMI residente de forma clandestina na Argélia.

Desde sua prisão, há dois anos e meio, Adl;ne Hicheur sempre afirmou que nunca esteve de acordo em levar adiante "ações concretas".

Não há "a mais íntima prova de intenção" terrorista, confirma seu advogado, Patrick Baudouin.