Kiev - A Ucrânia considerou, nesta quinta-feira (3/5), como "destrutivas" as tentativas de "politizar" a Eurocopa-2012 de futebol, depois de várias autoridades políticas europeias terem anunciado que queriam boicotar o torneio por causa da prisão da opositora Yulia Timoshenko.
"Os pedidos de boicote à competição (...) minarão a imagem deste acontecimento esportivo grandioso e causarão prejuízo a milhares de ucranianos comuns que não se interessam pela política", acrescentou o ministério.
Presa desde agosto de 2011 e condenada em outubro a sete anos de prisão, Yulia Timoshenko, ex-primeira-ministra, iniciou dia 20 de abril uma greve de fome para protestar contra a violência que afirma ter sofrido na prisão.
A União Europeia e vários países europeus expressaram na semana passada sua preocupação com Timoshenko e a própria chanceler alemã, Angela Merkel, comunicou que não viajará para a Eurocopa se a Ucrânia não libertar a opositora.
Nesta quinta-feira (3/5) a delegação da UE em Kiev anunciou que nenhum membro da Comissão Europeia irá à Ucrânia para a Eurocopa-2012 de futebol.