Washington - O ativista chinês Chen Guangcheng concordou em abandonar a embaixada dos Estados Unidos em Pequim depois de receber garantias de que o presidente Barack Obama apoiará publicamente o acordo acertado com Pequim, afirmou um amigo americano envolvido nas negociações.
"Pusemos como condição que o próprio presidente mostre seu interesse e expresse o apoio americano ao acordo e estou certo de que Obama, durante a campanha, logo terá a oportunidade de estabelecer esta posição", afirmou o especialista americano em temas da China, Jerome Cohen, aos jornalistas.
"Chen decidiu deixar a embaixada depois de inteirar-se que sua família estava a salvo", assegurou, por sua parte, Kurt Campbell, secretário de Estado adjunto americano para o leste asiático e o Pacífico, que viajou a Pequim antes do previsto, para ocupar-se do caso Chen.
Chen Guancheng deixou nesta quarta-feira (2/5) a embaixada dos Estados Unidos, onde buscou proteção depois de fugir da prisão domiciliar, após um acordo com Pequim sobre sua segurança, informaram autoridades americanas.
O acordo atesta que a China dará ao ativista mundialmente famoso garantias de que ele e sua família poderão viver uma vida normal, segundo as autoridades dos Estados Unidos.
Chen, que irritou as autoridades chinesas ao criticar abortos forçados e esterilizações sob a política do filho único, fugiu de sua prisão domiciliar no dia 22 de abril e buscou refúgio na embaixada americana, onde exigiu garantias de sua liberdade.