Damasco - As forças sírias registraram nesta quarta-feira (2/5) as maiores baixas desde a instauração de um cessar-fogo há três semanas, com a morte de 21 de seus membros em combates com militares dissidentes perto de Damasco e na região de Aleppo.
Quinze membros das forças de segurança, entre eles dois coronéis, morreram em uma emboscada armada pelos rebeldes - a mais mortífera desde o dia 12 de abril - na província de Aleppo (norte), onde dois rebeldes também morreram, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Enquanto isso, seis soldados morreram em confrontos perto de Damasco, enquanto no leste o Exército sírio bombardeava e incendiava casas de militantes nas localidades de Deir Ezzor, indicou a ONG com sede na Grã-Bretanha. Um civil também foi morto por soldados do regime em Deraa (sul).
Esta intensificação da violência ocorre apesar do envio no dia 16 de abril de uma equipe de observadores da ONU responsável por supervisionar a trégua, conforme o plano de paz do emissário internacional Kofi Annan.
Na terça-feira, a ONU acusou tanto o regime quanto os opositores de violar a trégua, destacando, ao mesmo tempo, que os observadores no local constataram que "armas pesadas" permaneciam presentes nas cidades, em violação do plano Annan.
As forças da rebelião advertiram que responderiam a todo ataque do Exército contra cidades e povoados.Os rebeldes dizem defender os civis da repressão da revolta popular contra o regime que explodiu no dia 15 de março de 2011.
O governo não reconhece a amplitude dos protestos e afirma combater "grupos terroristas" acusados de querer semear o caos.
Pouco antes da instauração da trégua, as forças sírias mataram ao menos 95 civis e queimaram centenas de casas durante uma ofensiva contra a província de Idleb, denunciou a Human Rights Watch, falando de "crimes de guerra".