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Argelinos sequestrados no Mali correm risco de vida, diz grupo terrorista

Bamako - O Movimento pela Unidade e a Jihad na África Ocidental (MUAJO), que tem em seu poder desde 5 de abril sete pessoas, entre eles o cônsul da Argélia em Gao (norte do Mali), informou neste domingo à AFP que "a vida dos reféns está em perigo" após o fracasso das negociações com a Argélia.

"A delegação argelina (...) rechaçou por completo nossas demandas e esta decisão porá a vida dos reféns em perigo", disse em mensagem curta enviada à AFP Adnan Abu Walid Sahraoui, porta-voz do MUJAO.

Sahraoui disse que uma delegação argelina assistiu às negociações, sem dar detalhes sobre as reivindicações de seu movimento.

Na quarta-feira, o MUJAO tinha dito que queria negociar a libertação do cônsul argelino e seus seis colaboradores "em nome do Islã".

Esta declaração foi interpretada como um endurecimento do MUJAO, que antes tinha informado que "deu seu aval" para a libertação dos seis reféns.

"Demos nosso aval aos nossos irmãos de Ansar Dine", grupo islamita chefiado pelo líder tuareg do Mali Iyad Ag Ghaly, disse há uma semana a mesma fonte, sem informar data ou lugar, nem evocar uma eventual contrapartida para a libertação dos reféns.

O cônsul da Argélia e seus seis funcionários foram sequestrados em 5 de abril em Gao, poucos dias depois de o norte do Mali cair no controle de vários grupos armados, entre eles MUJAO, Ansar Dine, Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) e o Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA, a rebelião tuareg).

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores argelino, Murad Medelci, afirmou durante entrevista coletiva em Argel que seus compatriotas capturados no Mali estavam "bem de saúde" e que as "perspectivas" para conseguir sua libertação eram "reais".