Leidschendam - Vários chefes de Estados foram julgados ou indiciados pela justiça internacional:
- CHARLES TAYLOR: O ex-presidente liberiano (1997 a 2003) foi indiciado em 2003 por crimes contra a Humanidade e de guerra durante a guerra civil em Serra Leoa, que deixou 120.000 mortos entre 1991 e 2001.
Taylor, detido em 2006 na Nigéria, foi acusado de ter fornecido armas e munições em troca de diamantes aos rebeldes de Serra Leoa. O julgamento, transferido de Freetown para Haia por razões de segurança, aconteceu de junho de 2007 a março de 2011 no Tribunal Especial para Serra Leoa (TESL).
- LAURENT GBAGBO: O ex-presidente da Costa do Marfim, que foi detido em abril de 2011, foi transferido para Haia e detido na cidade, depois que o Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou a prisão. Ele é acusado de ser "coautor indireto" de crimes contra a Humanidade cometidos por suas forças entre dezembro de 2010 e abril de 2011, depois das eleições presidenciais. Depois que Gbagbo se negou a ceder o poder ao rival Alassane Ouattara, o país foi cenário de uma explosão de violência que deixou 3.000 mortos.
- SLOBODAN MILOSEVIC: O presidente iugoslavo de 1997 a 2000 foi indiciado em 1999 pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPII) e levado para Haia em junho de 2001. Milosevic, que foi o primeiro chefe de Estado levado à justiça internacional, morreu em sua cela em março de 2006, durante o processo. Ele era julgado há mais de quatro anos por genocídio, crimes contra a Humanidade e de guerra durante os conflitos na antiga Iugoslávia nos anos 90, que deixaram mais de 200.000 mortos.
-MILAN MILUTINOVIC: O presidente da Sérvia de 1997 a 2002 foi indiciado em maio de 1999 por crimes de guerra e contra a Humanidade durante o conflito no Kosovo (1998-1999) e se entregou ao TPII em janeiro de 2003. Após dois anos de julgamento ele foi absolvido em fevereiro de 2009.
- KHIEU SAMPHAN: O ex-chefe de Estado da "Kampucheia Democrática", detido em 2007, foi acusado de genocídio, crimes contra a Humanidade e de guerra. Comparece desde novembro de 2011 no Camboja a uma corte especial sob os auspícios da ONU, que tem como missão julgar os crimes considerados mais graves do regime do Khmer Vermelho (1975-1979).
- OMAR AL-BASHIR: O presidente sudanês é alvo de uma ordem de prisão desde março de 2009 pelo TPI, acusado de crimes contra a Humanidade e pela guerra em Darfur. Em julho de 2010, os juízes também o acusaram de genocídio. O conflito em Darfur, que começou em 2003, deixou 300.000 mortos, segundo a ONU, e 10.000, segundo Cartum.