Lisboa - As autoridades portuguesas não contam com nenhum elemento novo que permita determinar a reabertura da investigação sobre o desaparecimento em 2007 da menina britânica Madeleine McCann durante férias em Portugal, indicou um funcionário da polícia judicial (PJ). Uma equipe de investigadores portugueses segue reexaminando o caso, em colaboração com policiais britânicos, acrescentou.
[SAIBAMAIS]
Cinco anos depois do desaparecimento da menina, a polícia britânica declarou na quarta-feira (25/4) que existiria uma possibilidade de que Madeleine McCann esteja viva, e convocou as autoridades portuguesas a reabrir o caso. Andy Redwood, da Divisão de Homicídios e Crimes Graves da Scotland Yard, disse que, numa estimativa conservadora, a equipe de investigação reuniu 40 mil evidências que totalizam cerca de 100 mil páginas de processo. Os investigadores mostraram o que aparentemente são "lacunas" na linha do tempo estabelecida pelos médicos forenses, indicando existir oportunidades para que Madeleine tenha sido raptada.
A polícia aproveitou a ocasião para difundir uma foto criada por computador para mostrar como seria agora a pequena Maddie, que, no próximo dia 12 de maio, faria 9 anos, e voltou a pedir a cooperação dos cidadãos para fornecer qualquer informação que possa contribuir a investigação. Segundo a polícia britânica, os colegas portugueses também desejam uma reabertura do caso, mas a decisão corresponde à justiça do país. A pequena Maddie desapareceu na noite de 3 de maio de 2007, poucos dias antes de seu quarto aniversário, em seu apartamento de um complexo turístico da Praia da Luz (Algarve, sul), onde seus pais a colocaram para dormir antes de ir jantar em um local próximo com amigos.
O caso foi investigado durante 14 meses e fechado sem nenhum resultado em Portugal. Mas os pais da pequena Maddie, Gerry e Kate McCann, convencidos de que a mais velha de seus três filhos foi sequestrada, pressionaram para que o governo britânico pedisse, em maio de 2011, à polícia uma revisão dos diferentes elementos recompilados ao longo da investigação. A família McCaan ficou encorajada depois da revisão feita pela Scotland Yard, segundo seu porta-voz Clarence Mitchell.