O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, promete investigar as denúncias envolvendo um diplomata iraniano, de 51 anos, acusado de abusar sexualmente de crianças e adolescentes brasileiros, de 9 a 14 anos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, disse nesta terça-feira (24/4) que o caso será ;examinado seriamente;. De acordo o porta-voz, o diplomata, que estava em Brasília, foi chamado de volta ao Irã.
A iniciativa marca uma mudança de posição do Irã em relação ao tema. No Brasil, a Embaixada do Irã, na semana passada, alegou apenas que as informações eram relacionadas a um ;mal-entendido; e resultado de ;diferenças culturais; entre iranianos e brasileiros.
No começo deste mês, o diplomata iraniano foi denunciado por abusar sexualmente de crianças e adolescentes, no Clube Vizinhança, na Asa Sul de Brasília, área nobre da cidade. De acordo com relatos, ele acariciava as partes íntimas de meninos e meninas enquanto mergulhava. Os relatos aos policiais foram feitos pelas vítimas, salva-vidas e parentes das crianças e dos adolescentes.
[SAIBAMAIS]No último dia 19, o porta-voz Mehmanparast rejeitou as denúncias definindo-as como ;infundadas;. Segundo ele, as notícias sobre o episódio eram ;falsas e irreais;. Porém, o governo brasileiro reagiu com veemência. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, determinou o envio de pedido de explicações ao governo do Irã.
O governo brasileiro aguarda um comunicado oficial da Embaixada do Irã em Brasília. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, se a resposta sobre a saída do diplomata do Brasil não for formalizada, o país pretende declará-lo persona non grata - medida extrema nas relações diplomáticas.