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Jennifer Hudson testemunha no julgamento por homicídio de seus parentes

Chicago - A ganhadora do Oscar, Jennifer Hudson, declarou consternada nesta segunda-feira (23/4) em um tribunal de Chicago, norte dos Estados Unidos, como ninguém em sua família queria que sua irmã se casasse com o homem hoje acusado de assassinar a mãe, o irmão e o sobrinho da atriz.

"Não gostávamos da forma como ele a tratava, e eu não gostava da forma como ele tratava meu sobrinho", disse a atriz e cantora de 30 anos, ao comparecer diante de um tribunal de Chicago, onde seu ex-cunhado William Balfour é julgado por acusações de assassinato em primeiro grau.

Balfour, ex-marido de Julia Hudson, é acusado do assassinato com arma de fogo, em outubro de 2008, de vários membros da família Hudson: a mãe da atriz, Darnell Donerson, de 57 anos, seu irmão, Jason Hudson, de 29, e seu sobrinho, Julian King, de sete.

Os promotores alegam que Balfour, de 30 anos, agiu depois de Julia Hudson, mãe de Julian King, ter dito que queria o divórcio.

Jennifer Hudson foi a primeira testemunha do primeiro dia do esperado julgamento conduzido pelo juiz Charles Burns.

Em suas alegações iniciais, os promotores fizeram um chocante relato dos assassinatos, em uma tentativa de apresentar Balfour como um assassino violento e de sangue frio, que em diversas ocasiões ameaçou suas supôstas vítimas meses antes de suas mortes.

Espera-se que os advogados de defesa façam perguntas relativas à relação entre Balfour e Julia Hudson.

Os assassinatos ocorridos no South Side de Chicago abalaram Jennifer Hudson, menos de dois anos depois de a finalista de "American Idol" ter recebido um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel no musical "Dreamgirls - Em busca de um sonho" (2006).

Seu depoimento desta segunda acrescentou poucas informações sobre os assassinatos que comoveram Chicago, e apresentaram a imagem de uma família muito unida, destruída por um crime violento.

Hudson lembrou como, depois de uma ligação telefônica desesperada de sua irmã, voou imediatamente para Chicago para identificar os corpos de sua mãe e de seu irmão e oferecer uma recompensa de 100.000 dólares para recuperar seu então desaparecido sobrinho.

O menino foi encontrado morto três dias depois, coberto com uma cortina para box de banheiro no porta-malas de um veículo roubado.

"Tentamos tudo, qualquer coisa que pudéssemos fazer para trazê-lo de volta", disse Hudson, que falou carinhosamente do jovem como seu "Oso Tugga".

Jennifer Hudson, quem lançou seu segundo álbum musical "I Remember Me" em março de 2011, e cantou "I Will Always Love You", em memória de Whitney Houston na cerimônia do Grammy este ano, deve estar presente em todo o julgamento.

A atriz e cantora estava acompanhada na segunda-feira (23/4) do lutador profissional de wrestling David Otunga, seu namorado de longa data. Eles se sentaram juntos na quarta fila da sala do tribunal depois de seu depoimento, que durou meia hora.