Jornal Correio Braziliense

Mundo

Primeiros observadores internacionais da ONU visitam cidade síria de Homs

Damasco - Os primeiros observadores internacionais, presentes na Síria desde o último domingo para supervisionar o cessar-fogo, visitaram neste sábado a província de Homs (centro), a algumas horas da votação no Conselho de Segurança sobre o envio de uma missão de 200 observadores. No total, a violência deixou ao menos 11.100 mortos em 13 meses e milhares de pessoas foram detidas, segundo a ONG.

[SAIBAMAIS]Os militantes e a oposição informaram regularmente sobre bombardeios e operações militares nesta província desde que foi instaurado o cessar-fogo no dia 12 de abril, de acordo com o plano do emissário internacional da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, em particular na cidade de Homs, que não foi totalmente controlada pelo exército.

O militante Khaled Tellawi disse à AFP que neste sábado "cessaram os bombardeios, embora a eletricidade e as comunicações estejam cortadas na maioria das regiões. Esta calma indica que uma visita dos observadores internacionais a Homs pode estar próxima".

O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição, havia convocado os observadores a visitarem "imediatamente" Homs para que parassem os "crimes do regime sanguinário. Os corpos dos mártires estão empilhados nas ruas do bairro de Bayada, onde a destruição é aterradora".

Damasco assinou, depois de muitas hesitações, o protocolo que organiza o trabalho e, em particular, a liberdade de movimento dos primeiros observadores que chegaram no dia 15 de abril, embora até agora negasse o acesso a Homs "por razões de segurança". O regime e a oposição se acusam mutuamente de violar diariamente o cessar-fogo. Na sexta-feira, a violência deixou 46 mortos - 29 civis e 17 soldados -, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).