O governo brasileiro manifestou nesta segunda-feira (16/4) sua preocupação com a situação na Guiné Bissau, após o golpe de Estado de 12 de abril passado, e pediu uma coordenação ampliada de países, incluindo os Estados Unidos, para promover uma transição que assegure a democracia.
"Nos preocupa muito, é uma situação extremamente grave" a da Guiné Bissau, um país da comunidade de língua portuguesa, como o Brasil, disse o chanceler Antonio Patriota em entrevista coletiva ao lado da secretária americana de Estado, Hillary Clinton.
"Gostaríamos de ver uma coordenação envolvendo Estados Unidos, outros países e grupos regionais", incluindo a União Africana e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, "na pacificação, estabilização e busca de uma transição pacífica que assegure a democracia neste país africano", destacou Patriota.
Brasil e Portugal recorreram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas após o golpe de Estado na Guiné Bissau, onde os golpistas detiveram o premier Carlos Gomes Junior, favorito para o segundo turno das eleições presidenciais previstas para 29 de abril.
O golpe nesta ex-colônia portuguesa foi condenado por toda a comunidade internacional.