Após uma missa na capela Paulina, Bento XVI recebeu bispos de sua Baviera natal e o ministro presidente conservador deste estado do sul da Alemanha, Horst Seehofer. Ele deve se reunir posteriormente com uma delegação de compatriotas na grande sala Clementina. O Papa também celebrará o sétimo aniversário de sua eleição para a liderança da Igreja em três dias, no dia 19 de abril.
Muitas mensagens começaram a chegar para felicitar o pontífice, entre elas a do presidente da república italiana, o ex-comunista Giorgio Napolitano, de 86 anos, que expressou seu inalterável sentimento de amizade e estima. Segundo seu secretário particular, monsenhor Georg Ganswein, o Papa pediu aos seus colaboradores próximos que seu aniversário - para o qual veio da Baviera seu irmão mais velho, Georg, de 88 anos - seja uma festa de família.
O padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, afirma que o Papa está bem, embora cansado, o que é normal na sua idade. Bento XVI programou uma viagem ao Líbano para setembro. Em uma crônica na Rádio Vaticano, Lombardi opinou que Joseph Ratzinger se caracteriza pela lucidez e pela claridade de pensamento e expressão.
Em uma possível reação ao fim do pontificado de João Paulo II - marcado por uma longa doença do Papa e uma paralisia no governo da Igreja - Joseph Ratzinger não havia excluído, em um livro de entrevistas publicado em 2010, renunciar caso não estivesse em posse de suas capacidades intelectuais. O vaticanista Marco Tosatti lembrou com ironia em seu blog que alguns cardeais elegeram Bento XVI pensando que seria um "Papa de transição".