Cartagena - O debate sobre a descriminalização e regulação do consumo de drogas na América Latina é necessário, afirmou o vice-presidente do Banco Mundial para a região, Hasan Tuluy, que lembrou que a violência custa à América Central em média 8% do PIB anual.
O presidente da Guatemala, Otto Pérez, defende na cúpula um debate sobre uma alternativa à guerra contra as drogas apoiada pelos Estados Unidos, com o aval de seus colegas de Colômbia e Costa Rica. A iniciativa é apoiada por ex-presidentes de México, Colômbia e Brasil.
"Chegamos ao ponto de este ser agora um tema de desenvolvimento. A violência custa à América Central em média 8% do Produto Interno Bruto (PIB), e a Honduras, o país mais afetado, 10%", disse Tuluy a jornalistas paralelamente à Cúpula das Américas.
"É muito bom que este debate ocorra. O tema requer um enfoque coordenado, é difícil imaginar como um país poderia conseguir isso sozinho, se seus vizinhos não acompanharem", declarou Tuluy, que lamentou "a queda dos investimentos, a transferência (para a segurança) de gastos que poderiam ser destinados à saúde ou à educação ou a outras coisas, a tensão na coesão social".
O vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe afirmou que o debate poderá requerir uma regulação do consumo de droga, mas que é necessário estudar o tema segundo as circunstâncias particulares de cada país. A violência devido ao narcotráfico deixou no México e América Central dezenas de milhares de mortos nos últimos anos.