Cairo - O parlamento do Egito aprovou nesta quinta-feira (12/4) uma emenda de lei que impedirá membros do antigo regime de Hosni Mubarak de se candidatar às eleições e ter acesso a cargos de alta responsabilidade.
A lei, que ainda deverá ser aprovada pelo Conselho Supremo das Forças Armadas, no poder desde a queda de Mubarak, pode fazer com que vários ex-dirigentes, incluindo o ex-chefe da inteligência Omar Suleiman, sejam impedidos de participar das eleições presidenciais marcadas para o próximo mês.
A emenda na lei de atividade política "bane qualquer presidente, vice-presidente, primeiro-ministro, líder ou (membro sênior) do agora dissolvido Partido Nacional democrático de exercer os direitos políticos por 10 anos", afirmaram os deputados em uma sessão parlamentar transmitida ao vivo pela televisão. A lei ainda precisa ser ratificada pelo Conselho Supremo das Forças Armadas, que assumiu o poder após a queda de Mubarak, no dia 11 de fevereiro de 2011.
O texto aplica-se às autoridades da era Mubarak que serviram nos 10 anos anteriores à data de sua queda, o que também desqualifica Ahmed Shafiq - o último primeiro-ministro a trabalhar para o ex-homem forte egípcio.
As inscrições para o cargo de mais alto escalão no Egito fecharam no domingo (8/4), em meio a reviravoltas de última hora que abalaram a corrida política.