Damasco - O cessar-fogo na Síria teve início nesta quinta-feira (12/4), às 6h local (0h Brasília), de acordo com o ultimato fixado pelo emissário das Nações Unidas, Kofi Annan, para acabar com a violência no país. O regime sírio, que reprime de forma sangrenta a oposição, já anunciou a suspensão das operações militares na manhã desta quinta-feira, mas advertiu que suas forças responderão a qualquer ataque "terrorista", em referência aos rebeldes, que também prometeram respeitar a trégua.
Acusado em várias ocasiões pela comunidade internacional de não cumprir seus compromissos, o regime do presidente Bashar al-Assad será submetido a mais uma prova nesta quinta-feira, e os Estados Unidos já advertiram que julgarão Damasco "pelo que faz e não pelo que diz". O regime sírio deveria ter retirado suas tropas das cidades em conflito na terça-feira, de acordo com a primeira fase do plano elaborado pela ONU e a Liga Árabe, mas isto não ocorreu.
Na quarta-feira (11/4), horas após a entrada do plano em vigor, operações militares do regime mataram 25 civis, sendo 10 em um bombardeio contra Rastane, cidade da província de Homs em poder dos rebeldes há meses. A violência já deixou mais de 10 mil mortos na Síria, a maioria civis, desde a explosão da revolta contra o regime, no dia 15 de março de 2011.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, destacaram nesta quarta-feira a necessidade de uma ação "mais decidida" do Conselho de Segurança da ONU, onde Rússia e China, aliados de Damasco, têm bloqueado as resoluções que condenam a repressão.