Moscou - Os deputados do partido opositor Rússia Justa abandonaram nesta quarta-feira (11/4) o plenário da Duma (câmara baixa do parlamento) em reação às declarações do primeiro-ministro e presidente eleito Vladimir Putin sobre uma greve de fome no Astrajan (sudoeste) para denunciar fraudes eleitorais.
O protesto aconteceu por causa da resposta que Putin deu a uma deputada que perguntou a ele sobre a greve iniciada em 16 de março pelo ex-legislador Oleg Shein e alguns de seus partidários para denunciar as supostas fraudes nas eleições municipais de 4 de março no Astrajan, nas quais venceu o candidato do Rússia Unida, partido do chefe de Estado.
O presidente eleito permaneceu impassível ante a saída do plenário do grupo de 64 políticos, dos 450 deputados da Duma. "Um pouco de silêncio, assim não podemos nos comunicar", limitou-se a dizer. Shein indicou de imediato em seu blog que prosseguirá com a greve de fome e que na quinta-feira entrará com um ação judicial, explicando que não o fez antes porque as autoridades se negaram a entregar os vídeos oficiais que, segundo ele, sustentam suas denúncias.