Moscou - O governo da Síria retirou unidades militares de certas províncias, afirmou em Moscou o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Mouallem, que disse ainda que o cessar-fogo deve começar após a chegada ao país dos observadores internacionais.
De acordo com o chefe da diplomacia síria, o governo de Bashar al-Assad passou a aplicar outro ponto do plano de paz, com "a libertação de certas pessoas que participaram nos distúrbios". O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, confirmou as informações, mas pediu mais firmeza de Damasco na aplicação do plano do emissário internacional para a Síria, Kofi Annan.
O plano de Annan, que prevê a retirada dos tanques e carros de combate dos centros urbanos, deveria entrar em vigor nesta terça-feira para permitir um cessar-fogo em 48 horas. Na manhã desta terça-feira, seis soldados do Exército leal a Assad morreram em um ataque rebelde na região de Hassaka, nordeste do país, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Também de acordo com o OSDH, as forças do regime de Bashar al-Assad bombardearam nesta terça-feira uma localidade da província de Aleppo (norte).
No campo diplomático, o chanceler turco Ahmet Davutoglu, que acompanha o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan em uma viagem oficial a China, decidiu interrompir su visita e retornar à Turquia depois do aumento da tensão na froteira turco-síria. Na segunda-feira, disparos procedentes da Síria atingiram um campo de refugiados sírios situado na Turquia. O primeiro-ministro Erdogan já havia afirmado que os disparos constituíam uma "clara violação" da fronteira entre os dois países.