No próximo dia 14, em Istambul, na Turquia, os representantes do grupo 5%2b1 (formado pelos Estados Unidos, a Rússia, China, o Reino Unido, a França e Alemanha) e do Irã se reúnem para discutir o programa nuclear iraniano. A expectativa, segundo a chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, é que o impasse seja encerrado.
Porém, as duas reuniões anteriores do Irã com o 5%2b1, em 2010 e 2011, fracassaram. O presidente Mahmoud Ahmadinejad avisou nesta segunda-feira (9/4) que o governo prosseguirá com o programa nuclear desenvolvido no país. ;Mesmo que o mundo inteiro se oponha ao Irã;, disse ele, no Dia Nacional da Tecnologia Nuclear. ;O país resistiu às pressões inimigas sobre o programa nuclear para defender a sua dignidade;, acrescentou Ahmadinejad. Para ele, ;[os críticos do Irã] não poderão bloquear o progresso tecnológico e científico;.
Desde 2010, o Irã está sob rígidas sanções econômicas, comerciais e financeiras impostas principalmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) e os Estados Unidos. Líderes políticos estrangeiros levantam dúvidas sobre os fins não pacíficos do programa nuclear iraniano. Mas as autoridades asseguram que o objetivo do programa é civil e pacífico.
Os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, e da China, Hu Jintao, são contrários à imposição de novas sanções ao Irã. Norte-americanos e europeus pressionam para aumentar as restrições aos iranianos. Para o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, o Irã participa das negociações nucleares com o 5%2b1 só para ;enganar e ganhar tempo;.