Paris - Os restos do Titanic, que naufragou há seis anos depois de se chocar contra um iceberg no Atlântico Norte, estão agora sob a garantia da Convenção da Unesco sobre a Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático, informou a organização nesta quinta-feira (5/4) em um comunicado. Como os restos jazem a 4.000 metros, em águas internacionais, nenhum Estado pode reivindicar uma jurisdição exclusiva sobre o local, afirma a Unesco, que acrescentou que até agora o Titanic não podia se beneficiar da proteção da Convenção adotada em 2011, pois só pode ser aplicada aos restos submersos por pelo menos cem anos.
Dessa forma, os Estados signatários da Convenção poderão proibir a destruição, o saque, a venda e a dispersão dos objetos encontrados no lugar. Os Estados poderão tomar todas as medidas disponíveis para proteger os restos e para que os restos humanos sejam tratados dignamente, diz a Unesco. Quarenta e um Estados ratificaram a Convenção para a Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático, que entrou em vigor em 2 de janeiro de 2009.
As águas ao redor dos restos do Titanic são geralmente invadidas pelos lixos dos barcos que navegam no setor, como por mergulhadores que colocam flores de plástico ou placas comemorativas no local. Regularmente são organizadas expedições para recuperar peças que, em seguida, são expostas ou leiloadas.
O Titanic naufragou em sua viagem inaugural entre Southampton (Grã-Bretanha) e Nova York, depois de se chocar contra um iceberg na madrugada de 15 de abril de 1912. O naufrágio provocou mais de 1.500 mortos entre os 2.200 passageiros.