Bruxelas - A União Europeia (UE) pretende reduzir "substancialmente" no final de abril as sanções que impôs às autoridades de Mianmar, após as históricas eleições parciais no país, informou um diplomata.
Todos estão inclinados "por uma redução substancial das sanções com algumas exceções", como a rejeição em retirar o embargo às armas, afirmou este diplomata, que pediu para não ser identificado, ao final de uma reunião dos embaixadores dos 27 dedicada a este tema.
O debate prosseguirá na próxima semana para que os ministros das Relações Exteriores possam tomar uma decisão no dia 23 de abril em Luxemburgo, indicou.
"Pelo fato de a reconciliação política parece estar no bom caminho, continuamos exigindo a libertação dos prisioneiros e o fim dos conflitos com as minorias étnicas", afirmou.
Segundo outro diplomata europeu, alguns países europeus preferiram uma retirada total das sanções.
Mas os britânicos e os países nórdicos defenderam um enfoque "gradual, etapa por etapa", acrescentou este outro diplomata.
Esses países -segundo ele- também são favoráveis a manter as sanções contra os autores de violações dos direitos humanos.
No início do ano, a UE já havia suspendido a proibição da concessão de visto imposta a 87 autoridades.As sanções que seguem vigentes até hoje englobam um embargo de armas, medidas no setor de pedras preciosas e de madeira, e o congelamento de ativos de quase 500 pessoas e de 900 entidades.