Washington - É claro que o presidente sírio não tomou as medidas necessárias para aplicar o plano de saída de crise de Kofi Annan, como havia prometido, afirmou nesta quarta-feira (28/3) o Departamento de Estado americano.
"As prisões e a violência continuam na Síria", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.
"Está claro que Assad não tomou as medidas necessárias para aplicar o plano de Annan", (emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria), acrescentou Nuland, que pediu que se matenha a pressão sobre o regime de Bashar al-Assad.
Em terra, o Exército sírio intensificou nesta quarta-feira suas operações contra os rebeldes em todo o país, o que gerou cepticismo na ONU sobre a aceitação por Damasco do plano de saída da crise de Annan.
O plano consiste, entre outras ações, no fim de toda forma de violência armada por todas as partes no conflito, supervisionado pela ONU, a entrega de ajuda humanitária em zonas afetadas pelos combates e a libertação de pessoas que foram detidas de forma arbitrária.
"Julgaremos (Bashar al-Assad) por seus atos, e não por suas promessas", advertiu Nuland.
"O fato de que as prisões e a violência seguem não é um bom sinal", acrescentou.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também convocou nesta quarta-feira diretamente Assad a aplicar imediatamente o plano de Kofi Annan.
O regime sírio advertiu que rejeitava qualquer iniciativa resultante da cúpula sobre a Síria de quinta-feira em Bagdá.
A crise síria estava no centro das reuniões de ministros árabes de Assuntos Exteriores em Bagdá, que começaram a redigir uma solução final pedindo o diálogo entre o poder e a oposição na Síria.