Londres - O primeiro-ministro britânico David Cameron, no centro de um suposto escândalo de financiamento ilícito de seu partido, reconheceu nesta segunda-feira (26/3) ter jantado, em quatro ocasiões, com doadores importantes do Partido Conservador. O primeiro-ministro tentou acalmar a situação após a demissão no domingo do tesoureiro do Partido Conservador, Peter Cruddas, suspeito de ter vendido acessos privilegiados ao chefe de Governo.
[SAIBAMAIS]No domingo ele renunciou ao cargo, após a divulgação de um um vídeo, filmado com uma câmera escondida por jornalistas do Sunday Times, no qual ele aparecia negociando, em troca de doações, encontros com Cameron durante jantares privados, com o objetivo de influenciar a sua política. Cameron julgou as observações de Cruddas inaceitáveis e falsas, e prometeu uma investigação interna do partido.
O chefe de Governo estimou que existe a necessidade urgente de reformar o sistema de financiamento de partidos no Reino Unido, um problema que nenhuma partido está isento. Ele propôs que as doações individuais e as dos sindicatos, que contribuem em grande parte com o financiamento do Partido Trabalhista, sejam limitadas a 50 mil libras (79.300 dólares ou 60 mil euros). A legislação britânica atual sobre o financiamento dos partidos políticos não limita o montante de doações particulares, mas exige que sejam divulgadas, quando ultrapassam 7.500 libras.