Paris - Três violentas explosões foram ouvidas na noite desta quarta-feira (21/3) perto do prédio de Toulouse onde a polícia está cercando, há mais de 20 horas, o autor do massacre em uma escola judaica da cidade, constatou.
As detonações seriam, segundo um especialista, uma estratégia usada pela polícia, com a ajuda de explosivos incapacitantes e ensurdecedores. Dois oficiais ligados à operação revelaram que "agora estamos aumentando a pressão para que se entregue".
Imediatamente antes das explosões, um holofote iluminou a fachada do prédio, mas não ocorreram tiros após as detonações.
Mohamed Merah está cercado pela polícia e as autoridades querem capturá-lo vivo, segundo o ministro francês do interior, Claude Guéant.
Merah assumiu, em nome da Al-Qaeda, os três ataques que deixaram sete mortos entre os dias 11 e 19 de março, incluindo um rabino e três crianças na escola hebraica em Toulouse.
Segundo o ministro Guéant, o atirador se recusou a praticar um atentado suicida para a Al-Qaeda, mas aceitou "uma missão geral" para atentados na França.
"Ele explicou a forma como recebeu instruções da Al-Qaeda durante sua viagem ao Paquistão, chegando a ter uma proposta para provocar um atentado suicida. Ele recusou, mas aceitou uma missão geral para cometer um atentado na França", declarou o ministro.
[SAIBAMAIS]Guéant confirmou que Merah "não apresenta uma tendência ao suicídio" e "que, pelo contrário, fez durante o dia reflexões que levam a crer que quer viver, já que tomou a precaução de que, caso saia, e embora tenha matado crianças, sua vida seja garantida".
"Nunca manifestou arrependimento, parece ser particularmente duro", declarou Gueant.
Segundo uma fonte ligada ao caso, no início das negociações, o suspeito aceitou jogar sua pistola Colt .45 pela janela em troca "de um aparelho que permitisse a ele se comunicar com o exterior".