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Confrontos armados em cidades da Síria deixam 41 mortos só nesta quarta

Beirute - As operações do Exército sírio e os combates entre soldados e desertores causaram nesta quarta-feira (21/3) a morte de 41 pessoas na Síria, incluindo 33 civis, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Durante a tarde, os confrontos entre integrantes do Exército regular e desertores do Exército Sírio Livre (ESL) foram retomados em Harasta, a 10 quilômetros de Damasco, informaram ativistas dos Comitês Locais de Coordenação (LCC), que apoiam a insurreição.

O exército bombardeou nesta quarta-feira pelo segundo dia consecutivo o bairro de Jaldiyé em Homs, no centro da Síria, onde ao menos oito civis morreram, segundo o OSDH.

Nessa cidade, 15 civis morreram, dos quais três crianças, por disparos das forças de segurança e bombardeios do exército em vários bairros, completou a mesma fonte. Seis civis morreram no bairro de Baalbeh.

Na província de Homs, quatro civis morreram em Talbisse.

Um soldado do exército regular morreu em Qalaat al Madiq, na província de Hama, onde as tropas ingressaram depois de um ataque com foguetes e metralhadoras, segundo o OSDH.

Em Hama, três crianças foram mortas a tiros, e um desertor que pertencia ao ESL perdeu a vida em um choque com soldados no bairro de Hamidiyé.

No entanto, dois soldados morreram em Deraa na explosão de um caminhão e dois civis morreram em um tiroteio posterior.

Vídeos publicados na internet por militantes mostravam manifestações noturnas em Damasco e em Alepo nas quais os manifestantes gritavam "Síria quer liberdade".

Um civil também faleceu em Jabal al-Zawiya, onde uma mulher e seus dois filhos ficaram feridos, segundo o OSDH, entidade que reportou confrontos armados também em Aleppo.

O Exército controla agora 70% de Homs, terceira cidade da Síria, mas alguns bairros, como Jaldiyé, seguem nas mãos dos rebeldes, segundo os militantes.

A Síria enfrenta há mais de um ano uma revolta sem precedentes contra o presidente Bashar al-Assad, que a reprime violentamente. Segundo o OSDH, morreram mais de 9 mil pessoas na revolta.