Paris - A comunidade judaica na França, em luto nesta segunda-feira (19/3) devido ao ataque em Toulouse que deixou quatro mortos, possui de 530 mil a 550 mil pessoas ligadas ao judaísmo, entre elas, 20 mil a 25 mil só em Toulouse, segundo as instituições judaicas.
Outras estimativas apontam para um número muito superior que pode chegar a 700 mil judeus.
O judaísmo é a quarta maior religião na França, atrás do catolicismo, islã e protestantismo, ainda assim, é a maior comunidade judaica da Europa ocidental.
Existem cerca de 300 sinagogas e oratórios na França, onde o judaísmo está, sobretudo, presente na região parisiense, no nordeste, sudeste e no sudeste.
Antes da Segunda Guerra Mundial, a estimativa era de 300 mil judeus de todas as nacionalidades que viviam na França.
Durante a guerra, 76 mil judeus foram deportados pelos nazistas, com a aceitação da administração do regime de Vichy.
No dia 16 de julho de 1995, por ocasião do aniversário da grande incursão de julho de 1942 a Paris, o presidente da República Jacques Chirac reconheceu que "a loucura criminosa do ocupante foi apoiada pelos franceses, pelo Estado francês".
Desde 1945, a imigração judaica recomeçou. Entre 1955 e 1965, chegaram os judeus da África do Norte, após a descolonização da Tunísia, Marrocos e Argélia.
O Consistório Central israelita da França foi criado em 1808 por Napoleão, e desde então é a instituição oficialmente representativa da religião judaica na França. A partir de 2009, o Rabino Gilles Bernheim se tornou o líder na França.
Além disso, o Conselho Representativo de Instituições Judaicas na França (CRIF) reúne mais de 60 associações religiosas ou laicas para promover os ideais políticos e econômicos da comunidade judaica na França e no exterior.