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Chanceler mexicana condena medidas protecionistas que restringem comércio

Montevidéu - A ministra de Relações Exteriores do México, Patricia Espinosa, condenou nesta sexta-feira (16/3) as medidas protecionistas, que "podem parecer atraentes no curto prazo", mas que prejudicam o comércio e a integração, ao participar de um fórum com ministros de Economia em Montevidéu.

"Existe um consenso com relação aos benefícios da abertura comercial e da integração, especialmente durante um período crítico como o que vivemos atualmente", disse Espinosa durante um Fórum sobre os modelos de desenvolvimento na América Latina, organizado pela Associação Latino-americana de Integração (Aladi).

Indicando que o "México é firmemente contra as medidas protecionistas", a chanceler mexicana afirmou que nos fóruns internacionais há um acordo generalizado de que as medidas protecionistas têm contribuído ao atual ambiente de incertezas e para a desaceleração econômica ao restringir os fluxos comerciais.

"Em muitos casos essas medidas são contrárias não só aos compromissos bilaterais, mas também a acordos que nossas nações têm assinado", advertiu. "Alguns países de nossa região têm recorrido a medidas que contradizem nosso objetivo compartilhado de promover uma maior integração, com base na abertura de mercados", questionou, indicando que estas disposições minam a competitividade e desestimulam o investimento, tanto nacional como estrangeiro. "As barreiras adicionais não resolverão nossas questões econômicas, mas nos deixarão mais vulneráveis", completou.

A chanceler mexicana destacou que a região precisa de mais acordos que eliminem barreiras artificiais aos intercâmbios comerciais.

México, junto de Peru, Chile e Colômbia, cogitam denunciar a Argentina ante a Organização Mundial de Comércio (OMC) pelas restrições impostas a seus produtos para ingressar nesse país.

México é um dos países do mundo com maior número de acordos de livre comércio firmados e forma parte do Tratado de Livre Comércio da América do Norte junto de Estados Unidos e Canadá.