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Suíços questionam segurança de túnel após tragédia que matou 28 pessoas

Sion - Depois da comoção provocada pelo acidente de ônibus na Suíça que matou 28 pessoas, incluindo 22 estudantes belgas, os suíços começam a questionar as causas do desastre em meio ao luto generalizado. Diante do necrotério na pequena cidade de Sion, sul da Suíça, a quinta-feira (15/3) segue marcada pela chegada dos parentes das vítimas. O acesso ao edifício foi fechado pela polícia, que permitia a passagem de poucos anônimos para depositar flores, sob os olhares de dezenas de jornalistas.

Ao mesmo tempo, os primeiros questionamentos sobre a segurança do túnel onde aconteceu a tragédia, e em especial da chamada ;área de segurança; onde o ônibus bateu, começaram a ser feitos. O jornal Tages-Anzeiger, de Zurique, também questiona as áreas de segurança, construídas na parede do túnel e que supostamente possuem ângulos que representam um perigo mortal em caso de colisão.

Antonello Laveglia, porta-voz da Agência Geral de Rodovias (OFROU), afirmou que o túnel de Sierre, local da tragédia, foi construído em 1999 e, portanto, respeita as normas atuais em termos de ventilação, saídas de emergência, sinalização e disponibilidade de energia. De acordo com Laveglia, as áreas de segurança também respeitam as normas de segurança, mas admitiu que após o ocorrido não se pode descartar alguma alteração.

O corpo do motorista do ônibus ainda será submetido a exames para determinar se ele sofreu algum problema de saúde que provocou a perda de controle do veículo. Dois aviões de transporte C-130 Hércules do Exército belga foram disponibilizados pelo governo para repatriar as vítimas do acidente, que deixou a Suíça e a Bélgica em choque. De acordo com o ministério belga da Saúde, as 22 crianças mortas na tragédia já foram identificadas. Nesta quinta-feira (15/3), a cidade de Sion celebrará uma missa em memória das vítimas.