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Estados Unidos comparam regime do presidente sírio com a máfia

Washington - Os Estados Unidos compararam nesta sexta-feira (9/3) o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, com uma "família da máfia" e aconselhou aqueles que ainda o apoiam a "pensar duas vezes no que fazem" antes de acatar "às ordens de matar inocentes".

"Sob o regime de Assad, o poder político na Síria não pertence nem ao Parlamento nem a um gabinete ministerial, está concentrado nas mãos de uma espécie de família da máfia", disse a jornalistas a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

A funcionária não informou se fazia referência ao fato de que Bashar al Assad sucedeu seu pai Hafez em 2000, ou ao fato de que o próprio irmão do presidente sírio, Maher al Assad, é acusado pelos opositores do regime de ser o principal autor da repressão.

Se o regime de Assad "se parece com uma família da máfia, então, quem é o padrinho?", perguntou um jornalista.

"Não vou dissecar as entranhas dessa família", respondeu Nuland, mas afirmou que Assad "é o presidente do país, e como consequência, é totalmente responsável" pela violência que atinge a Síria e que já deixou cerca de 8.500 mortos em cerca de 1 ano, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Aqueles "que apoiam essa família, que ainda obedecem as ordens de matar inocentes, devem pensar duas vezes no que fazem, no sangue que têm nas mãos, e deveriam promover outra eleição", disse Nuland.