Washington - O primeiro-ministro interino da Líbia, Abdel Rahim al Kib, afirmou nesta quinta-feira (8/3), nos Estados Unidos, que não está inteirado da existência em seu país de campos de treinamento de rebeldes sírios, como afirmou na quarta-feira o embaixador da Rússia ante a ONU.
"No que diz respeito a campos de treinamento, não estou informado de nenhum, a menos que isso seja feito sem a permissão do governo, o que duvido", afirmou Kib durante coletiva de imprensa conjunta com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em Washington.
O embaixador russo nas Nações Unidas acusou na quarta-feira o governo líbio de abrigar um campo de treinamento para rebeldes sírios que realizam ações contra o regime em Damasco.
"Recebemos informação de que existe na Líbia, com pleno apoio de suas autoridades, um centro de treinamento especial para rebeldes sírios, que são enviados para atacar o governo legítimo" de Bashar al Assad, disse o embaixador Vitali Churkin durante reunião do Conselho de Segurança dedicada à Líbia.
"Isto é completamente inaceitável diante de todas as normas legais. Esta atividade está minando a estabilidade no Oriente Médio", afirmou Churkin durante a reunião do Conselho de Segurança.
"Acreditamos que a (rede terrorista) Al-Qaeda está na Síria e agora perguntamos: esta exportação da revolução não se tornou a exportação do terrorismo"?
Churkin também voltou a exigir da Otan desculpas pelas mortes de civis provocadas na Líbia no ano passado, durante as operações aéreas da Aliança para apoiar os rebeldes contra as tropas do então regime de Muamar Kadafi.