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Brasil, Colômbia e México estão preocupados com Síria, dizem EUA

Washington - Brasil, México e Colômbia compartilham a preocupação dos Estados Unidos sobre a situação na Síria, declarou nesta terça-feira (28) a subsecretária de Estado para Assuntos Políticos, Wendy Sherman, que realizou uma viagem por esses países.

"O que escutei de todos meus interlocutores foi uma posição séria, uma grande preocupação sobre como devolver a paz e a estabilidade à Síria", explicou Sherman no centro de análises Carnegie de Washington.

"Nós acreditamos obviamente que (o presidente Bashar) al Assad deve se demitir para que isso aconteça", lembrou a subsecretária.

Sherman elogiou o nível de diálogo e a vontade de liderança dos três países que visitou em dezembro passado.

Explicou que no México abordou não apenas a situação na Síria, mas também as disputas de seu país com o Irã e os problemas eleitorais na Nicarágua.

"Seria difícil imaginar conversar sobre a Síria ou o Irã com o ministro de Relações Exteriores mexicano há 20 anos", disse a subsecretária.

O México, que preside este ano o grupo de países ricos e emergentes (G20), "é um ator no nível mundial", enfatizou a subsecretária.

Sherman disse que os preparativos de seu país para a Cúpula das Américas em abril em Cartagena das Índias avançam, assim como o encontro do presidente Barack Obama com Dilma Rousseff na Casa Branca poucos dias antes.

"A educação será uma prioridade na agenda" bilateral, explicou.

A noção de que os Estados Unidos não prestam atenção na região "é folclórica", disse Sherman.

"Há um pequeno grupo de países que obviamente não foi receptivo a nossas ofertas de aliança", reconheceu Sherman.

Os países da Alba (Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, Venezuela, São Vicente e Granadinas, e Antigua e Barbuda) pediram há duas semanas à Colômbia que convide Cuba para a Cúpula de Cartagena.

Apenas podem participar desse encontro países democráticos, comentou Sherman ao ser questionado a esse respeito.