O governo brasileiro comprometeu-se a fornecer apoio logístico para a libertação de 10 reféns políticos em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), confirmaram ontem o Itamaraty e o vice-presidente colombiano, Angelino Garzón. Militares brasileiros transportarão ao local determinado pela guerrilha os representantes da organização humanitária Colombianos e Colombianas pela Paz, acompanhados de pessoal do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). No último domingo, a guerrilha reconheceu o Brasil como ;avalista; da operação, que ainda não tem data prevista. O anúncio da libertação dos reféns e a promessa de não cometer mais sequestros, no entanto, ainda são vistos com cautela por analistas que observam as decisões das Farc.
No fim de semana, a organização anunciou a soltura dos últimos ;prisioneiros de guerra; e o fim dos sequestros extorsivos, usados para financiar o movimento. Há, segundo o secretariado (alto comando) das Farc, 10 ;reféns políticos; em seu poder ; militares ou policiais, quase todos em cativeiro há mais de uma década. O Ministério da Defesa brasileiro disponibilizará dois helicópteros e um avião cargueiro, que já estão em uma base militar em Manaus. Cerca de 20 homens do Exército devem participar da operação. Na data escolhida, eles seguirão para São Miguel da Cachoeira, na fronteira com a Colômbia, e de lá para os locais onde os reféns serão entregues. ;O governo colombiano está trabalhando em um plano logístico com o governo do Brasil;, disse o vice-presidente Angelino Garzón a jornalistas, em Bruxelas. A assessoria de imprensa do Itamaraty confirmou que vai ajudar a Colômbia ;nesse assunto humanitário;, mas disse ainda não ter recebido um pedido oficial.
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