O ministro do Interior da Síria, Mohammad Chaar, disse que cerca de 89,4% dos 14 milhões de eleitores do país votaram nesse domingo (26/2) a favor do referendo que propõe as alterações na Constituição. Segundo ele, cerca de 8,3 milhões de pessoas foram às urnas e apenas 1,6% dos eleitores anularam os votos. As votações ocorrem no momento em que o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, está prestes a completar um ano em que é alvo de manifestações e protestos.
A proposta de reforma da Constituição é polêmica e gera críticas internas e externas. Pelo texto, o presidente da República pode exercer até dois mandatos de sete anos cada e mantém o direito de escolher o primeiro-ministro. Para a oposição, o texto atual sofrerá mudanças pouco significativas.
Os eleitores foram ontem às urnas para votar sim, na cor roxa, ou não, na cor verde. Assad apareceu votando ao lado da mulher, Asma Al Assad, durante transmissão da emissora estatal de televisão. Várias autoridades do governo também foram filmadas enquanto votavam.
O ministro das Relações Exteriores, Walid Al Moallem, disse que a reforma da Constituição representa um momento histórico. "Estamos nos movendo em direção a uma nova era democrática e a Síria surgirá muito mais forte;, disse ele.