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Julgamento de membros de ONGs acusadas de ingerência é adiado no Egito

Cairo - O julgamento no Egito de cerca de 40 membros de Organizações Não Governamentais (ONG), entre eles muitos americanos, teve início neste domingo, mas já foi adiado para 26 de abril, depois de uma hora de audiência.

Segundo o presidente do tribunal do Cairo, os acusados continuarão em liberdade. Apenas 14 réus, todos de nacionalidade egípcia, se apresentaram neste domingo ante o tribunal, que os julga por ter supostamente recebido financiamento ilícito do exterior e por ingerência nos assuntos políticos egípcios, o que provocou fortes tensões com os Estados Unidos.

Segundo um dos advogados de defesa, Tauhid Ramzi, as associações não tentaram dividir o Egito nem conspirar contra o país, como dizem os meios de comunicação oficiais.

Dois senadores americanos alertaram que este processo pode acarretar consequências irremediáveis nas relações entre o Egito e os Estados Unidos.

Além de americanos e egípcios, há acusados sérvios, noruegueses, alemães, palestinos e jordanianos.

Um dos detidos americano é Sam LaHood, filho do ministro dos Transportes Ray LaHood e diretor da facção egípcia do IRI (International Republican Institute).

Entre as ONG julgadas, além do IRI, figuram as organizações americanas National Democratic Institute (NDI) e Freedom House, assim como a fundação alemã Konrad Adenauer.