Montreal - A opositora ucraniana detida Iulia Timochenko está "doente e sofre constantemente", mas a equipe médica canadense que a examinou foi impedida de realizar todos os exames considerados necessários, declarou nesta quinta-feira (23) um membro da equipe, de volta a Toronto.
Após terem visto e examinado Timochenko, os médicos canadenses afirmaram que ela precisava de exames "confidenciais sanguíneos e toxicológicos", disse o Dr. Peter Kujtan em uma declaração.
A equipe canadense, convidada pela Ucrânia, levou os equipamentos necessários que poderiam apresentar resultados imediatos.
Mas "as autoridades ucranianas não permitiram que eles fossem utilizados, justificando que desta forma nós violaríamos várias leis e poderíamos ser processados", acrescentou Dr. Kujtan.
Timochenko "concordou completamente em se submeter aos exames confidenciais independentes" e todas as declarações que afirmam que ela se recusou são "falsas", ressaltou.
"Acreditamos que esta senhora está doente e sofre constantemente com muitas dores. Ela precisa de exames toxicológicos e de outros exames laboratoriais", concluiu o médico, antes se dizer preocupado com o fato de terem injetado em Timochenko "substâncias proibidas no Canadá".
Presa desde agosto, primeiro em Kiev, depois em Kharkiv, Timochenko foi condenada em outubro a sete anos de prisão por abuso de poder no período em que foi chefe do governo.
Este caso provocou uma crise entre Kiev e a União Europeia, que critica esta prisão por motivações políticas.