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Seis guerrilheiros morreram em bombardeio da Força Aérea colombiana

Bogotá - Ao menos seis possíveis guerrilheiros das FARC morreram em um bombardeio da Força Aérea colombiana a um de seus acampamentos no noroeste da Colômbia, informou um comunicado da instituição nesta quarta-feira.

"Como resultado da operação, foram abatidos seis traficantes", entre os quais estava um integrante também conhecido como "Mapanao", a quem se atribui a responsabilidade pelo massacre ocorrido em maio de 2002 na província de Chocó, em que morreram 119 pessoas, entre elas 45 crianças, segundo a declaração.

Uma fonte da Força Aérea esclareceu que o bombardeio foi às 22h da terça-feira (01h da quarta-feira no horário de Brasília) em uma área rural do município de Bojayá (Chocó).

O bombardeio ao acampamento foi possível graças a uma informação da inteligência da polícia que permitiu o envio das aeronaves de combate à região, segundo a informação, que não descartou outras mortes de rebeldes.

A identidade de "Mapanao" poderá ser confirmada uma vez que se analisem as impressões digitais.

Em 2 de maio de 2002, os habitantes de Bojayá se refugiaram na igreja do povoado devido a um embate entre as FARC e grupos paramilitares de extrema-direita pelo controle da região.

Um morteiro artesanal lançado por insurgentes caiu sobre a igreja e causou a morte de 119 pessoas que se encontravam no local.

As FARC, fundadas em 1964, são o principal grupo de guerrilha da Colômbia, com cerca de 9 mil combatentes atualmente, segundo cálculos do Ministério da Defesa.

Nos últimos dez anos, as FARC se viram encurraladas por uma política de ataque levada adiante pelas forças armadas nas áreas mais remotas da Colômbia, e tem perdido seus principais comandantes, como Alfonso Cano, Jorge Briceño e Raúl Reyes, em operações militares, incluindo bombardeios.