Damasco - Ao menos 23 pessoas morreram nesta terça-feira na Síria, 16 delas nos bombardeios do bairro rebelde de Baba Amr da cidade de Homs (centro), atacada pelo exército pelo décimo oitavo dia consecutivo, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Ao menos 16 pessoas, incluindo uma mulher e três crianças, morreram no intenso bombardeio do bairro rebelde de Bab Amr, segundo dados desta ONG com sede em Londres.
Os bairros de Jaldiyé e Karm el Zaitun também sofreram ataques aéreos durante mais de duas horas nesta terça-feira de manhã, acrescentou. Por sua vez, um comboio de 56 veículos blindados e de transporte de tropas foi visto na estrada entre Damasco e Homs, perto de um povoado de Qara, dirigindo-se a Homs, segundo o OSDH, o que faz os militantes temerem um ataque final em breve. Já o OSDH informou que outro civil morreu na região de Aleppo (norte), atingida durante a madrugada por disparos de metralhadoras, acrescentou a mesma fonte.
Na província de Idleb (noroeste), um motorista de ônibus perdeu a vida e cinco civis que viajavam a bordo ficaram feridos por disparos durante um ataque contra a localidade de Tarnabé, segundo a mesma fonte. As autoridades e os opositores se culpavam nesta terça-feira mutuamente pelo assassinato na segunda-feira de um empresário em Aleppo. Segundo a agência oficial Sanaa, Mahmud Ramadan, de 43 anos, que dirigia uma empresa hoteleira, foi morto por "grupos armados" diante de sua casa. Mas a oposição acusa o regime de estar por trás da iniciativa deste assassinato, porque ele era irmão de Ahmad Ramadan, membro do escritório executivo do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição.
Segundo sites da oposição, a família teria recebido ameaças e pressões para que Ahmad Ramadan renuncie as suas atividades no seio da oposição.