Uma verdadeira ponte aérea se estabeleceu nas últimas semanas entre Washington e Jerusalém, com o alto escalão do governo norte-americano mobilizado para a missão de dissuadir o aliado de seus planos para bombardear o Irã. Nesta semana, segundo a imprensa israelense, será a vez do chefe dos serviços de inteligência, James Clapper. O governo de Barack Obama considera prematura uma campanha militar contra a República Islâmica, no momento, e se esforça para evitar uma escalada militar. Setores do governo israelense parecem determinados a agir, mesmo sem ajuda dos EUA, mas suas chances de sucesso numa ação solitária são reduzidas, segundo estrategista consultado pelo Correio, principalmente pela dificuldade em obter consentimento para cruzar o espaço aéreo de países da região (veja o mapa).
Clapper chegará a Israel após visita de Tom Donilon, conselheiro para Segurança Nacional da Casa Branca, que se reuniu ontem com o ministro da Defesa, Ehud Barak. No domingo, Donilon reuniu-se com o premiê Benjamin Netanyahu, que será recebido por Obama em 5 de março. A posição norte-americana ficou ainda mais evidente há dois dias, quando o chefe do Estado-Maior, general Martin Dempsey, afirmou à tevê CNN que seria ;prematuro; lançar uma ação militar contra a nação persa.
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