Bangcoc - A economia tailandesa sofreu uma violenta desaceleração no ano passado como consequência de uma das piores inundações das últimas décadas, que gerou uma queda de 10,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB) no 4; trimestre com relação ao trimestre anterior. Com relação ao mesmo período de 2010, o PIB tailandês apresentou contração de 9%, disse nesta segunda-feira o Escritório de Economia Nacional e de Desenvolvimento Social. Para todo o ano de 2011, o crescimento foi de apenas 0,1%, muito abaixo das expectativas do governo. Em 2010, o PIB tailandês havia registrado alta de 7,8%.
O último período de turbulência econômica do país foi durante a crise asiática de 1997-1998, quando os retrocessos trimestrais da atividade se situavam em torno de 4 ou 5 pontos percentuais, mas por um período mais prolongado. "É uma queda inesperada, provocada principalmente pelo setor industrial", disse Apichai Thamsermsukh, funcionário desse escritório governamental.
As inundações, as mais importantes em meio século, afetaram 65 das 77 províncias tailandesas e chegaram até o grande vale ao norte de Bancoc, mas as autoridades conseguiram evitar que a água inundasse o centro comercial e turístico da capital. Sete zonas industriais importantes do centro do país ficaram submersas. O incidente afetou 13 milhões de pessoas e deixou 800 mortos. Os danos foram estimados em bilhões de dólares. A catástrofe perturbou gravemente as cadeias mundiais de abastecimento de setores como o automobilístico e de informática. "A contração (do PIB) é temporária. Haverá uma reativação este ano, graças à demanda interna e à produção industrial, que está crescendo", afirmou Usara Wilaipich, economista do banco Standard Chartered.
Contudo, a dinâmica da recuperação tem demorado para retomar o impulso. O aparato produtivo tailandês está seriamente danificado e as exportações demorarão para chegar a seus níveis anteriores, em um contexto internacional difícil. "Os fabricantes de semicondutores têm que importar e instalar novos equipamentos para substituir os que foram danificados pelas inundações. Creio que poderão retomar suas operações no terceiro trimestre", disse Usara.
O governo, no entanto, mantém seu prognóstico otimista de um c