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Número de mortos em incêndio em prisão de Honduras supera 350

Comayagua - Mais de 350 presos morreram no incêndio em uma penitenciária de Comayagua, no centro de Honduras, disse nesta quarta-feira (15) o ministro da Segurança, Pompeyo Bonilla.

"Mais de 350 mortos, aproximadamente, não descartamos que seja um pouco mais, mas estamos verificando para dar uma informação oficial e exata dessa tragédia", declarou Bonilla, na penitenciária localizada a 90 km ao norte de Tegucigalpa.

O ministro disse não confirmar nem descartar o número de 366 mortos dado em Tegucigalpa à AFP pelo comissário Nacional dos Direitos Humanos, Ramón Custodio, com base na informação arrecadada por seu pessoal deslocado a Comayagua.

Além disso, Bonilla afirmou que as autoridades constatam se haveria fugitivos entre os cerca de 360 que, segundo afirmou o porta-voz da polícia, Héctor Iván Mejía, se consideram mortos ou desaparecidos.

"Sabemos que há diversas cifras, mas nós não temos fugitivos confirmados", disse Custodio.

Segundo seus relatórios, entre os mortos haveria um mexicano e um nicaraguense.

Mejía afirmou que na penitenciária de Comayagua havia um total de 852 presos, dos quais 496 foram identificados entre os sobreviventes da tragédia.

O incidente começou às 22h50 locais de terça-feira (02h50 de Brasília na quarta-feira) por causas ainda desconhecidas, e foi controlado pelos bombeiros cerca de três horas depois.

Em uma mensagem ao país em rede de rádio e TV, o presidente de Honduras, Porfirio Lobo, anunciou nesta quarta-feira o afastamento temporário das autoridades penitenciárias para garantir uma investigação eficaz das causas do incêndio.