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Regime e oposição da Síria trocam acusações sobre duplo atentado

Atentados com carro-bomba na segunda maior cidade da Síria deixam 28 mortos e colocam o país na antessala da guerra civil

Um duplo atentado contra prédios do governo em Aleppo, cidade mais populosa e capital comercial da Síria, mostrou que a violência no país se aproxima cada vez mais de uma guerra civil declarada. Temido pelas nações vizinhas e pela comunidade internacional, pelas implicações potenciais, um conflito como esse ameaça ultrapassar as fronteiras e se transformar em uma crise abarcando todo o Oriente Médio. Um enfrentamento entre partidários e adversários do regime de Bashar Al-Assad, ocorrido ontem no Líbano, reforçou esse temor. Para o médico Mousab Azzawi, coordenador internacional do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), se algo do tipo ocorrer, o combate poderá se transformar em um conflito com consequências globais.

Aleppo, até então imune à escalada de violência, foi sacudida por duas explosões que, segundo a televisão estatal, deixaram 28 mortos e 175 feridos. Os alvos dos carros-bomba foram edifícios militares e policiais. Uma reportagem da agência de notícias EFE no Cairo dizia que o comandante do Exército Livre Sírio, coronel Riad Al-Assad, havia reivindicado os ataques, mas o grupo recuou mais tarde, dizendo que se referia a um episódio anterior, envolvendo armas leves. A oposição síria classificou as explosões como uma ;encenação; do regime para tirar o foco de sua ofensiva contra a cidade de Homs.

O governo de Damasco acusou ;grupos terroristas; de assassinar inocentes em Aleppo, segundo comunicado divulgado pela agência oficial Sana. O Ministério das Relações Exteriores sírio anunciou que encaminharia uma carta-denúncia sobre os atentados às Nações Unidas, à Organização de Cooperação Islâmica, à Liga Árabe e ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A matéria completa você lê na edição impressa deste sábado (11/2) do Correio Braziliense.