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Estados Unidos estudam intervenção militar na Síria sem a aprovação da ONU


A Casa Branca determinou ao Pentágono e ao Comando Central dos Estados Unidos que façam uma ;revisão preliminar interna das capacidades militares norte-americanas; para o caso de um ataque à Síria. Segundo a rede de tevê CNN, o presidente Barack Obama ainda estaria disposto a esgotar todas as vias diplomáticas para solucionar a crise, ante a inação da Organização das Nações Unidas (ONU). Uma declaração da secretária de Estado, Hillary Clinton, levantou suspeitas de que os EUA cogitam armar o Exército Livre Sírio, uma facção formada por desertores das foras de segurança do ditador Bashar Al-Assad. ;Muitos sírios que estão sendo atacados por seu próprio governo começam a se defender, e é de se esperar que seja assim;, afirmou a chefe da diplomacia de Washington.

Oficialmente, o governo norte-americano nega a possibilidade e admite que estuda ampliar a assistência humanitária à população civil. A situação na Síria ruma para a guerra civil. A tevê estatal de Damasco acusou um ;grupo terrorista; de ter detonado um carro-bomba em Homs (centro), matando e ferindo várias pessoas no bairro de Baba Amr. Ainda segundo a emissora do governo, em Idlib (noroeste), ;um grupo armado atacou um prédio de recrutas militares;.

Um dia após se reunir com Al-Assad, o chanceler russo, Serguei Lavrov, defendeu ontem que os sírios devem decidir eles mesmos o futuro de seu governo. ;Qualquer conclusão do diálogo nacional deve ser o resultado de um acordo entre os próprios sírios, aceitável para todos os sírios;, explicou. De acordo com ele, ;tentar determinar o resultado do diálogo nacional não corresponde à comunidade internacional;. Rússia e China bloquearam, no último sábado, uma resolução da ONU que condenava a repressão na Síria.