A temperatura caiu para 24 graus centígrados abaixo de zero na madrugada desta quarta-feira em Moscou, e se aproximava dos 34 graus abaixo de zero na Iakútia, na Sibéria Oriental. Em toda a região de Krasnodar, às margens do Mar Negro, as escolas foram fechadas por causa do frio intenso.
Além das mortes, cerca de 28.000 pessoas estavam sem energia elétrica nesta quarta na cidade portuária de Novorossiisk, depois que rajadas de vento deixaram cerca de 40 feridos e cortaram linhas de alta tensão, indicou à agência Interfax um porta-voz da polícia local. "As temperaturas vão permanecer baixas nas regiões do centro da Rússia, e o frio se acentuará durante o final de semana", informou o serviço de meteorologia.
Mesmo em um país acostumado com invernos rigorosos, o clima tem incomodado bastante os moscovitas. "Tem sido difícil enfrentar este frio", declarou Katya, de 24 anos. Seu amigo ao volante, Pavel Sterlikov, de 27, afirmou aliviado que a temperatura fica melhor dentro do carro porque "um frio como este acontece apenas a cada cinco anos".
O frio glacial acompanhado de nevascas e rajadas de vento persistia nesta quarta em toda a Europa, deixando mais de 480 mortos em pouco mais de dez dias, a maioria no leste, e causando grandes perturbações. O país mais afetado até o momento é a vizinha Ucrânia, onde mais de 136 pessoas morreram até terça-feira, sendo 112 mortes causadas diretamente pelo frio. O sul do país está praticamente paralisado devido às nevascas, que bloquearam estradas.