Manifestantes sírios e libaneses protestaram neste domingo diante da embaixada russa em Beirute contra o veto de China e Rússia no Conselho de Segurança, deparando-se com uma manifestação de apoio ao regime sírio, enquanto na Líbia a bandeira da independência foi hasteada na embaixada russa em Trípoli.
Convocados pelo Conselho Nacional Sírio (CNS), que reúne a maior parte da oposição síria, e pela Coordenação Libanesa para o Apoio à Revolução Síria, centenas de libaneses e sírios bradaram palavras de ordem hostis ao regime sírio, à Rússia e à China. Eles exibiam imagens do presidente sírio, Bashar al-Assad, e do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, manchadas de sangue.
Enquanto isso, outro ato reunia, a alguns metros dali, centenas de sírios e libaneses partidários do regime, exibindo imagens de Bashar al-Assad, do líder do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, e bandeirolas em homenagem a Rússia e China.
Para evitar qualquer confronto, unidades do Exército e das forças de segurança interna libanesas se mobilizaram entre os dois campos, de acordo com um fotógrafo da AFP no local.
Em Trípoli, manifestantes sírios conseguiram entrar neste domingo na embaixada da Rússia em Trípoli e içaram a "bandeira da independência" da revolução síria, constatou um fotógrafo da AFP.
Cerca de 200 pessoas entraram no prédio, retiraram a bandeira russa e hastearam a síria.
Anas al-Khalid, membro do Conselho Nacional Sírio (CNS), que reúne as principais correntes da oposição síria, declarou à AFP que os manifestantes sírios entraram na embaixada russa "sem violência".
China e Rússia vetaram no sábado um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU condenando a repressão infligida pelo regime na Síria.