Havana ; Aquele que foi colocado na agenda oficial como o ponto alto da visita da presidente Dilma Rousseff a Cuba não teve a cobertura dos jornalistas brasileiros que acompanham a viagem. Por causa do encontro com o ex-presidente cubano Fidel Castro, Dilma chegou com atraso ao Porto de Mariel, principal empreendimento de infraestrutura sendo realizado atualmente na ilha, com financiamento de US$ 683 milhões do governo brasileiro (correspondentes a 85% do valor total), sob responsabilidade da construtora brasileira Odebrecht.
Acompanhada do colega cubano, Raúl Castro, a visitante vistoriou as obras de ampliação do complexo portuário, enquanto a imprensa aguardava do lado de fora do canteiro.
Localizado 43km a oeste de Havana, Mariel tornou-se um motivo de orgulho para o povo cubano e símbolo da amizade entre os dois povos. Com a decadência da produção açucareira, que foi o carro-chefe da economia cubana no século passado, muitas usinas na região da capital foram fechadas, aumentando o desemprego.
A urgência para reaquecer o setor, aliada à janela de oportunidade aberta pelas reformas iniciadas nos últimos anos por Raúl, levaram o Brasil e a ilha socialista a firmar uma parceria de US$ 957 milhões para fazer do porto ampliado a locomotiva de um novo ciclo de desenvolvimento, agora sintonizado com a economia mundial globalizada.
A Odebrecht toca o projeto por meio de uma subsidiária, a Companhia de Obras em Infraestrutura (COI), e recebe o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição já liberou até aqui US$ 300 milhões, e mais US$ 382 milhões foram aprovados recentemente. Os US$ 275 milhões restantes ficarão a cargo do governo cubano.
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