Roma - A busca dos corpos dos desaparecidos do naufrágio do Costa Concordia na parte submersa do navio foi encerrada em definitivo nesta terça-feira (31/1) em consequência da ameaça que representa para a segurança dos mergulhadores, anunciaram os bombeiros e a defesa civil da Itália. Segundo a Defesa Civil, que informou as famílias e as embaixadas envolvidas, "as condições de segurança não estão mais reunidas para as operações" na parte imersa do casco.
A decisão foi tomada pelo diretor técnico das equipes de resgate, o chefe dos bombeiros de Grosseto Ennio Aquilino, de acordo com as outras autoridades e depois de ter recebido informações sobre deformidades no casco do navio, onde foram abertos buracos recentemente.
[SAIBAMAIS]A preocupação dos operadores está relacionada principalmente ao fato de os mergulhadores não poderem sair das aberturas abertas que dão acesso a pontes imersas a 20 metros de profundidade. Por outro lado, os bombeiros e outras equipes que estão na área reiniciarão a exploração de algumas partes do casco que estão fora da água e examinarão de mais perto toda a área em torno do casco em busca de eventuais corpos.
O Concordia se chocou com uma rocha perto da ilha italiana de Giglio e naufragou no dia 13 de janeiro com mais de 3.200 turistas de 60 países diferentes a bordo e mil membros da tripulação de 40 nacionalidades, a cerca de trinta metros da praia. O registro da tragédia foi estabelecido em 32 mortos pelo prefeito Franco Gabrielli, comissário especial encarregado do naufrágio, sendo que 17 foram encontrados.
Enquanto isso, uma nova embarcação está a caminho da ilha para recolher os materiais poluentes que vazaram do Concordia. O presidente da Costa, empresa proprietária do Concordia, Pierluigi Foschi, assegurou diante de uma comissão do Senado que "as operações de bombeamento serão iniciadas fisicamente dentro de 24 horas", com a instalação final de bombas que devem servir para aspirar as 2.380 toneladas de combustível que ainda estão nos reservatórios do transatlântico.
Sobre a retirada do navio, o diretor de Assuntos Marítimos da Toscana, almirante Ilarione Dell;Anna, afirmou nesta terça que "não sabe o prazo mínimo nem máximo". "Não estou preocupado, estou calmo", indicando que o prefeito Gabrielli falou de 7 a 10 meses.