Damasco - A oposição convocou uma dia de luto e fúria nesta terça-feira (31/1), na Síria, depois da morte de centenas de pessoas numa escalada da repressão do regime e horas antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU, que não consegue superar suas divisões para por fim ao banho de sangue.
A violência na Síria provocou 100 mortes na segunda-feira, incluindo 55 civis que faleceram em ações das forças de segurança do governo, em sua maioria na região de Homs, anunciou nesta terça-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Cinquenta e cinco civis morreram, sendo 40 deles em Homs e seus arredores, nove em Deraa, cinco nos subúrbios de Damasco e um em Idleb, destacou o OSDH. Além disso, 10 soldados dissidentes, seis membros das forças de segurança e 25 soldados regulares também morreram na segunda-feira, destacou a ONG.
Há vários dias a violência registra um aumento considerável na Síria. Nesta terça-feira, diplomatas dos Estados Unidos e de vários países da Europa devem manifestar apoio no Conselho de Segurança da ONU a um plano de paz árabe para o país, apesar da oposição da Rússia.
Na segunda-feira, o ministério sírio das Relações Exteriores afirmou que a Síria "continuará sua defesa contra o terrorismo" e acusou os Estados Unidos e os países ocidentais de desejarem espalhar o "caos". Desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, a repressão deixou milhares de mortos, segundo a ONU.