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Rebeldes sudaneses mantêm 29 chineses como reféns

Vinte e nove trabalhadores chineses sequestrados por rebeldes no estado sudanês de Cordofão do Sul estão mantidos sob o poder de sequestradores, informou nesta segunda-feira a agência Nova China, contradizendo o que foi dito pela agência SUNA, que havia anunciado a libertação de 14 deles.

Baseando-se em informações da embaixada chinesa em Cartum, a agência de notícias indicou que 29 trabalhadores chineses continuavam em poder de sequestradores e que o Exército sudanês tinha transferido para um lugar seguro outros 17, quando os rebeldes atacaram no sábado passado.

A AFP não conseguiu contatar nenhum porta-voz da embaixada chinesa em Cartum nem rebeldes para conhecer sua versão dos fatos.

Segundo a SUNA, o governador do estado sudanês de Cordofão do Sul, Ahmad Arun, afirmou que as "forças do Exército sudanês conseguiram libertar 14 empregados chineses", que estão bem e que tinham sido transferidos para El Obeid, no estado vizinho de Cordofão do Norte.

Rebeldes de Cordofão do Sul, que enfrentam desde junho o Exército sudanês nesta região fronteiriça do Sudão do Sul que Cartum tenta controlar, disseram no domingo ter capturado 29 trabalhadores chineses depois de enfrentamentos com forças governamentais.

Segundo Arnu Ngutulu Lodi, um porta-voz do braço do norte do Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM, ex-rebeldes sulistas), nove membros das forças sudanesas também foram sequestrados durante a operação.

A operação aconteceu no sábado, quando os rebeldes atacaram um comboio militar sudanês entre as cidades de Rashad e Al-Abbasiya, no noroeste da província, onde acontecem enfrentamentos com regularidade desde junho.

Loid explicou que os chineses trabalhavam na construção de uma estrada nessa região e tinham sido transferidos às montanhas Nuba.

A China confirmou domingo o "desaparecimento" de vários cidadãos seus e a embaixada em Cartum disse que os desaparecidos eram mais de vinte.