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Líder palestino Barghuti conclama a 'resistência popular pacífica'

Jerusalém - O líder palestino Marwan Barghuti, preso há cinco anos em Israel, voltou a defender nesta quarta-feira (25), em Jerusalém, a "resistência popular pacífica", ao mesmo tempo em que saudou as revoluções árabes.

"O conflito acabará quando terminar a ocupação, com Israel retirando-se totalmente, em obediência às fronteiras de 1967, e até que se estabeleça um Estado palestino", declarou Barghuti em hebraico, ante um tribunal israelense.

"Conclamo o grande povo palestino à unidade, à coesão, a formar um governo de unidade nacional, dando continuidade à resistência popular e pacífica", destacou, desta vez em árabe, ao chegar ao tribunal de Jerusalém.

Barghuti também aproveitou esta rara aparição pública para enviar uma "saudação" aos protagonistas das revoluções na Tunísia, Líbia e Egito.

Barghuti foi detido em abril de 2002 pelo exército israelense em Ramallah e condenado, em junho de 2004, a cinco sentenças de prisão perpétua, pelo envolvimento em quatro atentados anti-israelenses nos quais morreram cinco pessoas. Alguns o consideram um possível sucessor do presidente palestino Mahmud Abbas.

Nesta quarta-feira, ele compareceu à justiça como testemunha, depois de uma denúncia americana num tribunal civil contra a Autoridade Palestina. A denúncia "não é contra Barghuti". Por isso, "não vai dizer nada", disse seu advogado Elias Sabagh.