Los Angeles - Um ex-soldado que enfrenta uma corte marcial pelo assassinato de 24 civis iraquianos em 2005 se declarou culpado nesta segunda-feira (23) da acusação de negligência no cumprimento de seu dever, em um acordo com a Procuradoria, informaram funcionários militares em um comunicado.
O sargento Frank Wuterich, comandante de um grupo de "marines" cujos outros membros foram absolvidos no caso, enfrentava nove acusações de assassinato não-premeditado e outras acusações menores por sue papel no massacre de 19 de novembro de 2005 ocorrido no povoado iraquiano de Haditha.
Um juiz militar determinará a sentença de Wuterich, informou um comunicado da base militar Camp Pendleton, ao sul de Los Angeles, para onde o oficial de 31 anos foi levado para ser julgado no início do mês.
"O sargento Frank Wuterich compareceu diante do juiz militar hoje (segunda) e se declarou culpado de uma acusação de negligência no cumprimento de seu dever por sua participação na morte de civis iraquianos em Haditha", indicou o comunicado militar.
Na terça-feira a sentença será anunciada, disse um porta-voz.
Wuterich exagerou nas ordens que deu a seu pelotão depois de ter visto o corpo destroçado de um colega em um bombardeio na estrada de Haditha em novembro de 2005.
O "marine", sem experiência anterior de combate, enviou seus homens à caça de insurgentes em diferentes casas do povoado depois do bombardeio.
Pelo menos 19 pessoas foram mortas em diferentes casas junto com cinco homens que se estavam na cena do crime em um carro, dando início a um dos casos criminais mais controversos envolvendo tropas americanas durante os quase nove anos que durou a guerra do Iraque.
Entre as vítimas estavam 10 mulheres e crianças mortas com tiros a queima-roupa.